Porto Alegre (RS): Menos táxis rodam com GNV na Capital
O Sindicato dos Taxistas da Capital prevê um desestímulo ao uso do gás natural veicular em função da alta de 9,7% no preço do combustível, divulgada hoje pela Sulgás. O reajuste representa R$ 0,12 a mais para cada metro cúbico, mas nos postos pode resultar em aumento de até R$ 0,20.
Motoristas de sete em cada dez veículos novos emplacados como táxis aderem ao gás natural veicular em Porto Alegre. Entre a frota total, aproximadamente 65% possuem o kit instalado no veículo, segundo o Sintáxi.
O presidente da entidade, Luiz Nozari, projeta que os taxistas podem evitar a conversão do motor dos carros. “Esperávamos que o GNV não tivesse aumento porque temos parceria com o governo federal para estimular. Ao contrário do Pró-Álcool (política de estímulo ao uso do álcool na metade dos anos 70) nós não convertemos o carro para gás natural, mas usamos um kit. Se aumentar demais é só apertar um botão e utilizar gasolina”, ressaltou Luiz Nozari.
O Sindicato já solicitou que a EPTC calcule se a média de aumento entre gasolina, gás e álcool atingiu 8%, mesmo índice de aumento concedido na tarifa de táxi.
Já a Sulgás alegou que o gás natural importado da Bolívia aumentou por conta da elevação do dólar. Conforme o presidente Roberto Tejadas, o motorista segue tendo vantagens econômicas. Ainda assim, ele não descartou novos reajustes caso a cotação da moeda norte americana volte a subir. “Esse reajuste permite que a empresa mantenha os investimentos. Acreditamos que o dólar esteja caminhando para uma estabilidade”, prospectou.
As oficinas mecânicas que convertem os motores para GNV também já reclamaram. O Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos do RS (Sincopeças/RS) garante que há um desestímulo inclusive para os comerciantes. De 2005 até a metade deste ano, mais de 80 estabelecimentos fecharam.
Fonte: Samantha Klein/Rádio Guaíba