Montadoras querem IPI zero para híbridos e elétricos
Inovação, conteúdo local e eficiência energética são os pontos que justificam a criação do Inovar-Auto, programa do governo que visa o fortalecimento da indústria automobilística nacional. E são os argumentos da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) ao pedir incentivos para a comercialização de veículos híbridos e elétricos. O foco da nova frente é a retirada total do IPI – o Imposto sobre Produtos Industrializados – desses veículos classificados como “especiais”.
A desoneração seria a primeira fase, segundo a entidade, para tornar viável a importação e a comercialização dos produtos por conta de custos e preços. Ela considera a cota de 450 unidades por montadora.
Para as fabricantes, com o estímulo à importação será possível fazer com que os consumidores conheçam e testem as novas tecnologias. Se aceitas pelo mercado, será viável, então, promover a produção local. “Nossa proposta já está na mão do governo. Dividimos o plano em três etapas”, explica o presidente da Anfavea, Luiz Moan. Assim, as fases seguintes seriam a nacionalização das peças e a montagem desses veículos no país.
A classificação da Anfavea abrange seis tipos de veículos especiais: híbrido por regeneração de energia (kers), híbrido tradicional (um motor principal a combustão e um menor a eletricidade, híbrido plug-in (motor elétrico é o principal e é recarregado pela tomada), híbrido de autonomia estendida (quando o motor elétrico é o principal e o a combustão, complementar), 100% elétrico e célula de combustível.