Jundiaí (SP):Táxis clandestinos geram novas reclamações
Um grupo de 40 taxistas promoveu um protesto em frente a um hotel de Jundiaí em junho. Os motoristas cobravam da prefeitura uma solução contra a ação de taxistas clandestinos atuando na cidade, principalmente em porta de hotéis. Na ocasião, a prefeitura prometeu intensificar as blitzes e ainda estudar o aumento de 35 carros na frota que atende a cidade. E tudo isso num prazo de 60 dias.
Passado o tempo pedido pelo poder público, a categoria reclama que nada foi feito. “Não tivemos resposta alguma. Vemos todos os dias os clandestinos agindo pela cidade e nada de fiscalização”, afirmou o taxista José Castilho.
Na ocasião, o Sindicato dos Taxistas Autônomos de Jundiaí promoveu a manifestação justamente para cobrar providências. “As empresas clandestinas são acionadas diretamente pelas recepções dos hotéis. Mas eles não podem atuar aqui porque não são cadastrados, não pagam as taxas que nós pagamos, e nada acontece.”
Segundo ele, quando os clientes ligam para fazer a reserva nos hotéis, as recepcionistas já questionam de onde vêm e se precisam de transporte. “Nesses casos, elas pegam o número do vôo, aeroporto, e nome do hóspede e passam para os clandestinos.”
Fiscalização / Questionada, a Setransp (Secretaria de Transportes) alega que mantém as fiscalizações pela cidade e durante as ações, por meio de abordagem, solicita os documentos do veículo e de trabalho. Sobre as providências contra os clandestinos, a pasta se limitou a dizer, em nota, que “tem intensificado a fiscalização, não só nas portas dos hotéis, e vai dar continuidade a esse trabalho”.
Já sobre a liberação para aumentar a frota de táxis em Jundiaí com mais 35 carros, a prefeitura informou que, conforme prevê a legislação, Jundiaí deveria ter 1 táxi para cada 1,5 mil habitantes, ou seja, poderia ter 251 táxis. “A Setransp está revendo a legislação em vigor, que é de 2003, e está definindo ações para melhorar o serviço de táxi na cidade.”
O sindicato pediu ainda a liberação da compra de carros adaptados para transporte de portadores de deficiência, a alteração da vida útil dos veículos de oito para cinco anos, e a autorização para reajuste de tarifas.
A categoria pede ainda que o quilômetro rodado passe de R$ 2,46 para R$ 2,96, ou seja, um aumento de 20%. O último reajuste foi em 2010 e 216 é o número de táxis que atendem a cidade atualmente.
Outra reivindicação da categoria na ocasião foi a revisão de pontos pela cidade. Segundo o sindicato, as regiões mais complicadas são o Centro, próximo à nova rodoviária e no entorno dos shoppings.
http://www.redebomdia.com.br/noticia/detalhe/55303/Taxis+clandestinos+geram+novas+reclamacoes
Fonte:Rede Bom Dia