Franca(SP):Taxistas cobram combate aos clandestinos
O plenário da Câmara Municipal recebeu ontem taxistas francanos para uma audiência pública sobre o projeto do vereador Luiz Carlos Vergara (PSB), que visa padronizar a frota que realiza o serviço em Franca. Cerca de 50 profissionais estiveram presentes à reunião comandada pelo autor da proposta, que contou ainda com a presença do secretário de Segurança e Cidadania, Sérgio Buranelli.
Vergara iniciou a audiência exibindo alguns modelos de táxis de grandes cidades do país, principalmente capitais. Um pedido dos profissionais já foi aceito: a cor adotada nos carros será a prata em vez da branca. Antes de reivindicar “uma cor mais fácil” para revenda dos automóveis, os taxistas exigiram da Prefeitura rigor na fiscalização dos clandestinos.
Apesar da insistência do parlamentar em discutir exclusivamente o conteúdo do projeto, os condutores insistiram no assunto combate aos clandestinos. O tema dominou os quase 90 minutos de debate. As reclamações foram lideradas pelo taxista Durvalino Moreira, escolhido como representante da categoria junto à mesa diretora. Para ele a padronização será inútil. “Não adianta faixa, cor padrão, nada disso. O clandestino divulga o telefone dele na internet ou em qualquer outro lugar, e tem a clientela dele formada. É difícil”, afirmou.
Outros taxistas usaram a tribuna para se queixar da ineficiência do poder público em apreender veículos que realizem a atividade ilegalmente. Elisângela Bento teve um veículo apreendido recentemente sob suspeita de clandestinidade, mas rebateu a acusação. “Concordo com a padronização, para que não aconteça com outros como aconteceu comigo. Tive um carro apreendido como se fosse clandestino, mas não sou”.
Os taxistas denunciaram publicamente a existência de uma cooperativa de táxis operando irregularmente na cidade. A informação é de que mais de 20 carros compõem o grupo, que com a ação prejudica os legalizados. O tenente Buranelli justificou que receberá todas as denúncias e os agentes da Guarda Civil terão em mãos as placas fornecidas, mas só poderá efetuar qualquer recolha em caso de flagrante. “Não podemos criar uma situação para apreender um clandestino, pois posso ser acusado de abuso de autoridade”, disse.
Contrário a aplicação de faixas na lateral do carro, Marciel Gomes levantou outra questão pertinente à discussão: a criação do serviço de táxi executivo no município. “Transporto passageiros que nem subiriam no meu carro se ele tivesse uma faixa colada na porta. Sou contra o que o projeto pede. Acho que um selo padrão e a placa vermelha são suficientes”, afirmou. A proposta de estabelecer a nova categoria de táxi, com carros mais confortáveis e tarifas mais elevadas, será estudada a médio ou longo prazo pela Prefeitura.
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Fonte:Diário da Franca