Jundiaí (SP): Taxistas ainda aguardam resposta da Setransp
Taxistas de Jundiaí alegam que faltam novos pontos para que a demanda de clientes da cidade seja atendida pela classe.
Mais de 60 dias se passaram após os protestos de taxistas, em junho deste ano, que cobravam fiscalização da prefeitura contra motoristas clandestinos, além de remanejamentos e novos pontos de táxis para atender à demanda de clientes. O prazo é superior à devolutiva de dois meses que o Executivo havia prometido aos profissionais. Na manhã desta terça-feira (17), o Sindicato dos Taxistas Autônomos de Jundiaí e Região (Sinditaxi) se reúne com o seu departamento jurídico para avaliar quais ações serão adotadas pela entidade.
Por nota, a Secretaria Municipal de Transportes (Setransp) afirma que já elaborou uma minuta do projeto de lei que regulariza o serviço de táxi na cidade. Uma cópia do projeto foi entregue para Atílio Brescancini, presidente do Sinditaxi, e a original está sob análise da Secretaria de Negócios Jurídicos. Por telefone, o presidente do sindicato adiantou que só irá se manifestar após a reunião desta terça-feira (17).
Nas ruas, os taxistas aguardam uma definição da Setransp. Eliel Chagas, motorista de táxi há seis anos, afirma que até o momento tanto prefeitura quanto o sindicato da classe não procuraram os profissionais para esclarecer se as cobranças serão atendidas ou não. “O sindicato ficou de fazer, nesses dois meses, o levantamento dos pontos que precisam ser remanejados, além dos novos que são necessários. Mas não sei se fizeram.” Colega de trabalho de Eliel, Daniel Paulo da Silva também acredita que a regularização dos clandestinos se faz necessária. “Não somos contra o pessoal, pois sabemos que são pais de famílias que precisam trabalhar. Queremos apenas que eles sejam regularizados.”
FISCALIZAÇÃO
Desde o início do ano, a Setransp tem intensificado a fiscalização do transporte clandestino. O órgão informa que mais de 30 locais foram fiscalizados em sistema de rodízio, entre escolas, faculdades, aeroporto, rodoviária, supermercados e hotéis. Dos 300 veículos vistoriados, 30 vans irregulares e 18 táxis clandestinos foram apreendidos.
Atualmente, Jundiaí conta com 216 permissionários cadastrados, distribuídos em 48 pontos de táxis fixos e 11 livres. Adquirir um ponto de táxi só é possível com transferência de permissão dos taxistas com cadastro na Setransp. Entre os taxistas, a afirmação é que um ponto de táxi, para ser negociado diretamente com o proprietário, custa cerca de R$ 200 mil ao comprador, informação não confirmada por fontes oficiais.
Conrado Guin, do JJ Regional
Fonte: Portal JJ
http://www.portaljj.com.br/interna.asp?Int_IDSecao=1&Int_ID=211226