Elaine de Oliveira: uma homenagem às mães taxistas!
A taxista de frota Elaine de Oliveira conta como o próprio filho a ajuda a conciliar profissão e vida pessoal
Mãe do Guilherme Henrique Fidélis da Silva, hoje um rapaz já maior de idade, Elaine Cristina de Oliveira decidiu se tornar taxista em 2011, quando começou na profissão por meio de uma oportunidade oferecida pelo setor de frotas. Com uma rotina dinâmica desde então, ela conta como faz para manter tudo em ordem e administrar seu tempo entre o trabalho e a família.
Elaine explica que decidiu mudar de profissão em 2011, principalmente porque na área em que ela trabalhava antes, se sentia muito presa à rotina. “Eu era da área administrativa de uma empresa e ficava o tempo todo dentro de um escritório”, lembra. “Agora não. Como taxista de frota, sou livre para fazer meu horário, coisa que eu nunca tive antes”.
Ao deixar a antiga profissão, Elaine teve o apoio do filho Guilherme, que segundo a ‘mãe taxista’, sempre esteve ao seu lado em todas as suas decisões. “Cuidei dele sozinha desde que ele tinha seis anos”, relembra. “Foi difícil manter a casa e criá-lo ao mesmo tempo, mas sempre dei e recebi muito amor e carinho dele. Acho que é por isso que, hoje, somos tão apegados”.
Elaine comenta que Guilherme também é um verdadeiro parceiro de trabalho, já que ajuda a mãe e divide com ela os cuidados e afazeres da casa. “Meu dia a dia como taxista é muito dinâmico, marcado por idas e vindas. Por isso, mais do que nunca eu preciso do apoio do Guilherme. Ele é um filho maravilhoso, pois entende isso e me ajuda demais”, conta. “O Guilherme até distribui meu cartão de visitas na empresa em que ele trabalha e, de vez em quando, agenda umas corridas pra mim”, diverte-se.
Na profissão de taxista, Elaine revela que já conheceu dezenas de outras mulheres, que também trabalham dirigindo táxis de empresas. “Nunca tive problema com nenhuma”, garante. “Mesmo sendo reservada e tendo pouco contato com todas elas, por causa do nosso dia a dia sempre corrido, quando encontro alguma outra taxista aproveito para bater papo. O mesmo vale para os taxistas homens. Mantenho uma boa convivência com todos”.
Quanto ao horário de trabalho, ela mesma definiu rodar de segunda a segunda, com o táxi da empresa. “Eu faço meu horário flexível, de acordo com as chamadas dos passageiros”, explica. “Valorizo demais a pontualidade para o atendimento. Isso passa confiança para os passageiros, porque com o tempo eles percebem que podem contar comigo para todo tipo de viagem, sejam curtas ou longas”.
Por fim, nos finais de semana, a ‘mãe-taxista’ decidiu trabalhar até mais tarde. “Meu filho já está bem crescidinho”, brinca. “E, por causa da Lei Seca, os táxis são muito solicitados nas proximidades das saídas das ‘baladas’. Por isso eu fico circulando até mais tarde às sextas-feiras e também aos sábados. Vale a pena”, completa Elaine.