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Belo Horizonte (MG): restaurante paga o táxi do cliente

Belo Horizonte (MG): restaurante paga o táxi do cliente

A tolerância zero para a Lei Seca no Brasil gerou muita dor de cabeça para os donos de bares, restaurantes e casas noturnas. Preocupados com a queda de faturamento pela diminuição do consumo e, até mesmo, pela menor presença dos frequentadores, muitos transformaram o problema em diferencial e oportunidade.

O restaurante italiano Maurizio Gallo, que funciona no bairro São Pedro, resolveu pagar o táxi dos clientes (no valor de até R$ 20) que consumirem duas garrafas de vinho. A iniciativa pretende não só garantir o consumo da bebida, como o conforto dos clientes que não precisam se preocupar com as blitze e nem com a dificuldade de conseguir transporte à noite. Para isso foi fechada uma parceria com uma família de taxistas que atende, preferencialmente, ao restaurante com uma frota de sete carros. O cliente pode ligar e agendar o táxi para buscá-lo em casa ou em outro lugar e já acertar a volta.

Segundo o proprietário do restaurante, Maurizio Gallo, esse é um serviço que custa pouco se comparado ao consumo total de uma mesa. A clientela, que tem perfil mais familiar, já é contumaz na casa. “A culinária italiana é tradicionalmente acompanhada por vinho e as pessoas, já acostumadas, sentem falta da bebida. A maioria vem realmente para jantar, ficam mais tempo no restaurante, curtem o espaço e não querem ficar preocupadas. Esse é um presente aos nossos clientes”, explica Gallo.

Radicado em Belo Horizonte, de onde diz não mais sair, desde 2004, o chef começou cozinhando para amigos. Depois para atender a pedidos passou a vender massas congeladas para que eles levassem para casa. O terceiro passo, há pouco menos de quatro anos, foi, mais uma vez, atendendo a pedidos, abrir o restaurante. “Os amigos queriam um lugar em que pudessem se encontrar, comer com calma, sendo bem atendidos. Aí aproveitei que a loja ao lado da minha de congelados estava para ser alugada e quebramos a parede para formar um só ambiente. Agora já precisamos de um espaço maior e começo a pensar em mais uma unidade. Mas é, ainda, uma ideia embrionária”, revela o empresário.

Outro diferencial do restaurante é a cozinha livre de glúten, para os clientes celíacos. “Desenvolvemos uma linha para essas pessoas que passaram muito tempo privadas das massas e de boa parte da cozinha italiana. Trabalhei pessoalmente nesse projeto e cozinho cada prato.”

Os 20 funcionários da casa foram treinados pelo próprio Gallo que ainda sofre com a rotatividade dos colaboradores. Mesmo assim não desanima e aposta em inovação dentro da tradicional culinária do país europeu. “Vou à Itália duas vezes por ano em busca de novidades. Já estou trabalhando em dois pratos para a próxima temporada. Também não abro mão de trabalhar com ingredientes importados da Itália. Quero crescer com segurança e sempre mantendo a identidade da nossa cozinha”, finaliza. (DM)

http://www.diariodocomercio.com.br/index.php?id=68&conteudoId=135807&edicaoId=1471
Fonte:Diário do Comércio MG